Trabalho apresentado ao 39º Congresso de Urologia

Título

Doença de peyronie complexa com estrangulamento medial, dupla curvatura dorsal e ventral, e rotação para a esquerda – realizado tratamento cirúrgico com incisão da placa, enxerto de pericárdio bovino, e plicatura à nesbit modificada.

Área

Disfunção Sexual

Instituições

Clínica Dr. Eduardo Lopes – Bahia – Brasil

Autores

EDUARDO JOSE ANDRADE LOPES, AUGUSTO CÉSAR PARAISO MARTINS FILHO, PAULA OLIVEIRA DE ANDRADE LOPES, FERNANDA OLIVEIRA DE ANDRADE LOPES

Introdução e Objetivo

 

Trata-se de um paciente de 36 anos com doença de peyronie com duas curvaturas em sentidos opostos, uma ventral em nível do terço médio do pênis, e outra dorsal distando a dois centímetros da glande.  A curvatura no terço médio apresentava um estrangulamento em forma de anel, contornando toda a circunferência peniana, e ainda uma rotação de, aproximadamente, 45 graus para a esquerda. O paciente não conseguia mais manter relação sexual apesar de possuir uma ereção firme e adequada para penetração. Desejava retificar o pênis sem perder em comprimento. Foi proposto e aceito o uso de enxerto de pericádio bovino á nível da curvatura dorsal com manobra para girar o pênis para a direita, e plicatura à nesbit modificada na região ventral visando retificar a glande.

 

Método

 

Foi utiizada a técnica de incisão de 180 graus na linha média da maior curvatura em região medial do pênis, cortando a placa calcificada com alongamento do cilindro peniano usando enxerto de base larga (assimetrico simulando um trapézio) de pericárdio bovino, após a liberação do septo – para cima e para baixo – em, mais ou menos, dois centímetros. Sutura com fio absorvível de longo prazo em sutura continua ancorada. Segunda linha de sutura com fio inabsorvível vascular em pontos simples a cada um centímetro. Com essas manobras foi possível alongar o lado da placa, e rodar o pênis para a direita, retificando-o na região medial. No segmento distal foi realizada uma incisão vertical na região ventral, em ambos os lados da uretra, de mais ou menos, 1,5 cm, com sutura horizontal jogando a glande para baixo e retificando o pênis no seu segmento distal.

 

Resultados

 

A ereção induzida com injeção de soluto fisiológico a 0,9% via região glandar do pênis após garroteamento da sua base com fita elástica penhouse número 1, no final da cirurgia, confirmou a retificação do pênis imediata com ganho no comprimento.

O acompanhamento pós operatório com 2,6,12 e 24 meses confirmou ereção normal e pênis retificado.

Liberado para manter relações sexuais após 6 meses.

 

Conclusão

 

A combinação de duas técnicas diametralmente opostas, sendo o implante de um enxerto assimétrico com o propósito de alongar atuando na placa (lado mais curto pela não dilatação da albuginea); e a plicatura modificada, atuando no lado sem a placa permitiu atingir o proposto no pré-operatório: retificar sem encurtar mantendo a ereção normal.

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